sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Filosofia : Útil, dispensável ou irrelevante?

Por algum tempo aindei caminhando no Dailymotion e no YouTube procurando por materiais que pudessem, melhor que eu, explicar a real importância da filosofia para pessoas que acham o tema um pouco "estranho" demais.


quinta-feira, 13 de novembro de 2008

As novas empresas

   Aqui começo meu primeiro post a respeito do papel da igreja, seja ela católica, protestante, espírita etc, no mundo atual. Como as igrejas atuam, quais suas funções e como elas realmente trabalham para mantar a fé em suas crenças.

     Por Breno Costa

    É impossível não perceber o crescimento das "novas religiões" nos últimos anos. Principalmente na última década, igrejas como Universal do Reino de Deus e a Assembléia de Deus ganharam inúmeros adeptos - todos eles da classe mais pobre da sociedade. Todos sabemos o papel que desempenhou a igreja católica na antigüidade e o papel que desempenha até hoje - trazer o ópio ao povo, uma crença sem explicação (todas as explicações existentes vêm da própria religião, ou seja, não há explicação racional) , onde todos são cultivados como um rebanho e seguem, às cegas, o que se é dito sem ser pensado.

    Embora a católica ainda tenha melhorado um pouco - o que era impossível não acontecer -, surgiram as novas igrejas sensacionalistas. É um absurdo ver que o mesmo bispo que prega a igualdade das pessoas, que prega que Jesus compartilhava seu pão - pois estes seguem à Bíblia -, que todos somos irmãos e que, no mundo, ninguém deveria ser mais que o outro, são aqueles mesmos que pregam palavras de bondade para todos os ouvintes, que são, em suma maioria, da classe mais pobre e moram, ao mesmo tempo, na cara de pau, em casas com elevadores, com obras do barroco (caríssimas) e possuem canais de televisão (Rede Record, por exemplo). É engraçado ver alguém pregar a igualdade quando ele mesmo se distancia dos que o ouve.

     O mais enraçado é querer perguntar a algum desses coitados o porquê da crença. Por que ele continua indo para a igreja, se sabe (ou talvez não), que o bispo é um "ricaço", enquanto ele, que também acredita nas palavras de deus, é pobre?

      Outro fato interessante são os "milagres" que ocorrem durante o programa. Diversas pessoas são curadas e todo dia que o programa vai ao ar, Cristo desce à terra para fazer um milagre. "Em nome de Cristo, você está curada". Ora. Se Cristo é quem cura, para quê deveria haver um bispo invocando seus poderes? Por acaso é algum tipo de mago, algum tipo de shaman? Daqui a algum tempo, esses bispos irão se transformar em novos Jesus'es, e aí sim, o mundo estará perdido, pois eles terão dinheiro. E isso convence muita gente.

       Creio que o que está acontecendo não se distancia muito do que ocorreu no passado. A igreja católica, antes no lugar na Universal nessa crítica, pregava a existência de monstros, de bruxaria e que deus só perdoaria os pecados por meio do pagamento de indulgências. Ora, não é isso o que acontece na Universal? O problema é que com a Igreja Católica, aconteceu na idade Média. Com a Universal, estamos no século XXI, onde todos teriam uma "mentalidade mais racional". Então creio que há uma distonia muito grande entre pobres e ricos quanto à mentalidade religiosa. E se nada é feito é porque se concorda com a permanência da situação atual.

       Formou-se um verdadeiro império. Em pouco tempo, as duas igrejas crescem rapidamente e em quase todas as cidades com uma população considerável conta com alguma das duas. Com templos que mais parecem shoppings, mas que são verdadeiros pastos, a igreja ou a religião cristã, no Brasil, se transforma, cada vez mais, em um bom negócio - lucrativo, estável e próspero, e toda papelada com o nome de Jesus.

       Não sei onde iremos parar, mas com a situação atual, esses que acreditam em tais igrejas um dia terão poder político e econômico, e "ai" do povo que viver nessa época, pois aí sim, teremos uma população cega e burra. Dominada por credores em magia.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Do Fator Democracia ao Desenvolvimento de um país.

Esse texto teve como inspiração uma discussão recente com um amigo sobre o que é realmente democracia, e o quão bom ou ruim ela pode ser, ou ainda, se é a forma de governo ideal.

Por Breno Costa.

Tomando como exemplo a situação da Venezuela, onde o presidente é quase um ditador (Hugo Chavez), teremos uma análise sobre a democracia ruim. Tomando como análise a eleição do presidente brasileiro (Luis Inácio Lula da Silva), teremos uma "boa" análise.

No primeiro caso, assim como no segundo, o presidente foi eleito e reeleito pela maioria do povo. Pouco tempo após sua reeleição, Hugo Chavez tentou aprovar uma nova constituição para seu povo ( ou melhor, para aumentar seu próprio poder ). Até então, Hugo já havia fechado a RCTV, a principal rede de oposição no país, com influência norteamericana, entre outros meios de comunicação contra o atual presidente. É então que se pergunta: de que vale a maioria do povo ter eleito o presidente se a maioria não enxerga a "verdade" (por falta de meios que sejam opostos ao presidente ) ? Como um cidadão venezuelano saberia a diferença entre o que é verdade ou não, se todos os meios são cobertos pelo partido de Chavez?

E é então que entra o lado ruim da democracia. A palavra, como muitos sabem, aprova o termo Governo da Maioria, ou do Povo", e representa o grau de governo onde quem elege o representante maior é a majoritária. Acontece que a definição é só essa, e qualquer governo pode usar a palavra para definir como seu, caso siga tais passos - inclusive Chavez, onde mesmo o povo, com todo o tapa-olho-de-burro que possui, continua sendo a maioria.
O termo democracia independe da definição de consciência política e moral do povo que elege seus representantes.
Infelizmente, o termo democracia pode ser aplicado tanto para o lado positivo do próprio povo que elege o representante quanto para o lado em que o próprio povo que escolhe é aquele que será degolado pelo governante que elegeu.

Com um olhar mais geral, dá para perceber que os países atuais que usam a democracia como forma de governo, no geral, se sobressaem quando a questão é desenvolvimento. A não ser pelo caso da China, creio eu, todos os outros países "totalitários", ou com um presidente com muito poder tem pouca expressão no mundo. Venezuela, Colômbia, e até Coréia, se pudermos dizer, são prejudicados por jogos políticos onde o presidente leva em conta, apenas, o que acha ser fundamental.
Nesses casos, a população fica como uma ferramenta que tem a única função de contribuir com aquilo que o governante deseja.

A democracia serve para trazer um rumo imparcial ao país, para que o interesse não seja de poucos, e que, se o país progredir, não será aquela minoria no governo que ficou mais "rica", e sim, os que votaram e que ali estão contribuindo.
( Breno Costa Inojosa.)


Isso é tudo. Espero que eu possa trazer mais conteúdo (digo freqüentemente).

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A Distorção da palavra Comunismo

Bem, como não tenho tido tempo de postar nesses últimos dias/meses, mas apenas de ler alguns artigos, estou aqui publicando alguns e mostrando um pouco do meu lado comunista. Em breve, você poderá ler o texto abaixo, que foi do mesmo site que o post anterior, e entender como o termo "Comunismo" soa erroneamente por aí.

"Por muito, durante o século XX, e ainda hoje, a teoria de uma classe enfraquecida, identificada como “Comunismo” foi associada(erroneamente), criando um sinônimo, de Ditadura. Por trás de um estado de ideologia conhecida como Marxismo-Leninismo, os governos de países entendidos como comunistas, tais como Cuba, China ou Rússia, com vários degraus de sucesso na supressão do capitalismo, usaram métodos tão cruéis para o impedimento do capital que se assemelham ao próprio método usado pelo capitalismo. Por outro lado, os partidos Leninistas funcionaram tanto como organizações Sociais Democráticas como pequenos partidos, sempre aspirando a Social Democracia.

Por mais de meio século, os grupos “ortodoxos” do Leninismo tentaram construir um considerável número de partidos que “liderassem” a classe trabalhadora.Porém, quando a classe trabalhadora realmente enfrentou o comunismo, notavelmente na Hungria, em 1956 e em Paris, em 1968, o partido comunista rapidamente ignorou os líderes em potência (would-be leaders[sic]) Enquanto o Leninismo aparentava (figurava[sic]) um/como um partido comunista ortodoxo, desde 1920 haviam correntes que também se identificavam com o patido, embora dessem lugar à classe trabalhadora como o centro (coração[sic]) da reconstrução da sociedade.

A teoria do comunismo de conselho, que entende que o socialismo só poderá ser alcançado por meio da participação ativa da maioria da população. A maioria daqueles que seriam do círculo da esquerda do comunismo, primeiramente chamados de Comunistas de Conselho, também foram caracterizados como “ultra radicais de esquerda”.

Ao invés de desaparecer ou concentrar forças em manifestos, os Comunistas de Conselho começaram a analisar a sociedade em que viviam. Parte dessas análises envolviam questões sobre como o capitalismo mantinha controle da sociedade e o que exatamente era tarefa dos
revolucionários. O conselho funcionou através de pequenas organizações, dividindo uma perspectiva comum, mas sempre publicando os sofrimentos da classe suprimida. "

Texto parcialmente e livremente traduzido de Red & Black notes, traduzido por nexuscoringa ou Breno Costa Inojosa.
Red & Black Notes , http://ca.geocities.com/red_black_ca/council.htm

Analisando o texto, e lendo o texto anteriormente postado, ou clique aqui para lê-lo, nos faz entender que a palavra Comunismo foi totalmente mal entendida, até hoje, e que o comunismo ainda tem muito a fazer.

O Comunismo de Conselhos e a Crítica do Bolchevismo

"Suponhamos que a direção central seja capaz de distribuir tudo que foi produzido, de maneira correta. Mesmo então, permanece o fato de que os produtores não têm à sua disposição o maquinário de produção. Este maquinário, além de não lhes pertencer, funciona para dispor deles. A conseqüência inevitável é que aqueles grupos que se opõem à direção existente serão oprimidos com uso da força. O poder econômico central está nas mãos daqueles que, ao mesmo tempo, exercem o poder político. Qualquer oposição que pense de modo diferente sobre os problemas econômicos e políticos será oprimida o máximo possível. Isto significa que, no lugar de uma associação de produtores livres e iguais, como a definida por Marx, há um presídio como nunca se viu."
Essa citação, livremente traduzida de um texto de setenta anos de idade, explica que as relações de produção que foram desenvolvidas na Rússia depois de 1917 nada têm a ver com o que Marx e Engels entendiam por comunismo. Na época em que o supracitado panfleto foi publicado, o terror dos anos 30 ainda estava por vir. Parecia apenas uma profecia. Não havia qualquer evento político que provocasse essa crítica da sociedade soviética; essa crítica surgiu de uma análise econômica. Com base nesta, o surgimento do stalinismo foi entendido como expressão de um sistema econômico que consiste numa exploração capitalista de Estado, e isto caracterizando não apenas o stalinismo.
O texto que citamos foi obra de um grupo cujos autores pertenciam a uma corrente que surgiu nos anos seguintes à primeira guerra mundial, e continua válido. Esta corrente se caracterizou por uma clara crítica da social-democracia e do bolchevismo. Analisou cuidadosamente a experiência cotidiana da classe operária e chegou assim a novas idéias sobre a luta de classes. A corrente via a social-democracia e o bolchevismo como o "velho movimento operário"; o oposto disso seria "um novo movimento dos trabalhadores".
Os mais antigos membros dessa corrente foram marxistas alemães e holandeses que sempre atuaram na ala esquerda da social-democracia. Nos anos de luta contra o reformismo, eles se tornaram cada vez mais críticos da social-democracia. Os mais conhecidos dessa corrente foram dois holandeses, Anton Pannekoek (1872-1960) e Herman Gorter (1864-1927), e também dois alemães, Karl Schroder (1884-1950) e Otto Ruhle (1874-1943). Mais tarde, o então jovem Paul Mattick (1904-1980) seria um de seus teóricos mais importantes.
As idéias de Pannekoek chamaram a atenção, logo depois da virada do século, para algumas reflexões marxistas sobre filosofia. De 1906 até a eclosão da primeira guerra mundial, ele trabalhou na Alemanha. Primeiro, por um ano, como professor na escola do SPD, e depois, quando foi ameaçado de expulsão da Alemanha, trabalhou em Bremen e escreveu artigos para diversas publicações de esquerda. Em Bremen, Pannekoek testemunhou uma greve selvagem dos estivadores. Esta experiência influenciou suas idéias sobre a luta de classes, e também sua interpretação do marxismo. Em conseqüência, muito cedo ele recusou as teorias bolcheviques sobre organização, estratégia e política.
Otto Ruhle nunca se identificou com uma corrente no movimento operário alemão. Mas ele nunca negligenciou os interesses gerais da classe operária. Como Pannekoek, recusou o bolchevismo na década de 1920 e foi um dos primeiros a argumentar que a revolução proletária é algo completamente diferente de uma revolução burguesa e conseqüentemente requer formas de organização completamente diferentes. Por esta razão, ele recusou a falácia de que a revolução proletária seria tarefa de um partido. "A revolução", dizia, "não é uma tarefa de partido; política e economicamente é uma tarefa de toda a classe operária".
Tais idéias, que seriam mais detalhadas, caracterizam a corrente que ficou conhecida como comunismo de conselhos. O comunismo de conselhos, do início da década de 1920, baseou-se nas experiências das revoluções russa e alemã, defendia a democracia dos conselhos e recusava o poder do partido. Procurou se distinguir do bolchevismo e dos bolcheviques, e daqueles que se autodenominavam comunistas. Contudo, nas suas origens, ele estava muito distante das opiniões que desenvolveria mais tarde.

No começo, o comunismo de conselhos pouco se diferenciava do leninismo. Ruhle, todavia, não considerava comunistas os partidos da terceira internacional. Alguns anos depois, os comunistas de conselhos iriam se distinguir com muito mais clareza do bolchevismo. A chamada revolução de outubro acabou com o czarismo e pôs um fim às relações feudais, limpando o campo para capitalismo.
Os comunistas de conselhos foram ainda mais longe. Eles apontaram o fato de que uma economia como a russa, baseada no trabalho assalariado, ou seja, uma economia em que a força de trabalho é uma mercadoria, tem como finalidade a produção de mais-valia mediante a exploração dos trabalhadores. A questão não é se a mais-valia vai para o capitalista privado ou para o Estado, enquanto proprietário dos meios de produção. Os comunistas de conselhos lembravam que Marx tinha dito que a nacionalização dos meios de produção não tem nada a ver com socialismo. Eles também assinalaram que, na Rússia, a produção obedecia as mesmas leis que existem no capitalismo privado clássico. A exploração só pode chegar a um fim - dizia Marx - quando o trabalho assalariado não mais existir. Os comunistas de conselhos explicavam, referindo-se a Moscou, que não havia comunismo. A diferença entre comunismo de conselhos e bolchevismo torna-se, assim, mais clara e mais completa.

O que dissemos não deve ser entendido como significando que o comunismo de conselhos é uma crítica do stalinismo, especificamente. É uma crítica do bolchevismo, em geral. Os comunistas de conselhos não vêem o stalinismo como um tipo de "contra-revolução" que privou a revolução de outubro de seus frutos. Mais precisamente, eles viam o stalinismo apenas como um fruto dessa revolução, da revolução que abriu as portas ao capitalismo na Rússia. Stalin foi o herdeiro do bolchevismo e da revolução bolchevique. O desenvolvimento dessa teoria foi lento, acompanhando o desenvolvimento social. Com o tempo, os comunistas de conselho mudariam sua opinião e sua prática. Inicialmente, na Alemanha e na Holanda, partidos comunistas de conselhos foram fundados. Isto contradizia a opinião de alguns que, como Ruhle, afirmavam que partidos nada tinham a ver com a classe operária. Ruhle, no entanto, via essas organizações como partidos "de um tipo completamente diferente – ”um partido que já não era mais um partido."
Quatro anos depois, em 1924, Ruhle falava uma linguagem diferente. "Um partido com caráter revolucionário na acepção proletária do termo", ele disse, "é um absurdo. Seu caráter revolucionário só pode existir como expressão burguesa e somente quando a questão é a passagem do feudalismo ao capitalismo". Ele estava inteiramente certo e por esta razão os “absurdos” desapareceriam do teatro proletário dentro de dez anos. Havia poucas exceções e, após a segunda guerra mundial, a expressão foi abandonada.
Ao mesmo tempo, os comunistas de conselhos amadureceram. Eles entenderam que a revolução russa era uma revolução burguesa e que a economia russa nada mais era do que capitalismo de Estado. Eles enxergaram mais claro e novas pesquisas amadureceram.
A análise mais importante foi completada por Pannekoek em 1938. Ele publicou um panfleto sobre a filosofia de Lênin e produziu uma análise mais aprofundada do bolchevismo. Pannekoek apontou o fato de que o marxismo de Lênin era uma lenda e contradizia o marxismo real. Ao mesmo tempo, ele explicou a causa: "Na Rússia, a luta contra o czarismo assemelhava-se em muitos aspectos à luta contra o feudalismo na Europa, muito tempo antes. A religião e a igreja apoiavam o poder existente. Por esta razão, uma luta contra a religião era uma necessidade social". Portanto, aquilo que Lênin considerava como materialismo histórico pouco se diferenciava do materialismo burguês, do século XVIII francês, um materialismo que, naqueles tempos, foi usado como arma espiritual contra a igreja e a religião. Ou seja, apontando as similaridades entre as relações sociais na Rússia antes da revolução e aquelas da França pré-revolucionária, os comunistas de conselhos registravam que Lênin e os membros de seu partido haviam reivindicado o nome de jacobinos para si mesmos. Eles pensavam que seu partido na revolução burguesa russa teve a mesma função dos jacobinos franceses.
O poder bolchevique – que, em março de 1918, poucos meses depois de outubro de 1917, esmagou o já reduzido poder dos sovietes – foi, como os comunistas de conselhos diziam, uma conseqüência lógica da revolução de outubro. Os sovietes não se adaptaram a um sistema que consistia na superestrutura política das relações de produção capitalistas de Estado.
O que o movimento comunista de conselhos entendia por comunismo era algo completamente diferente daquele sistema. A ditadura do partido não corresponde às relações sociais baseadas na abolição do trabalho assalariado e no fim da exploração dos trabalhadores. Uma sociedade em que os produtores são livres e iguais não pode ser diferente da democracia dos produtores.

Cajo Brendel
Originalmente publicado em Red & Black Notes #8, primavera de 1999.
Livremente traduzido de Council Communism & The Critique of Bolshevism, disponível em http://ca.geocities.com/red_black_ca/

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Eu vs o Mundo

Do renascimento ao Iluminismo, do Rock ao movimento Hippie.Não houve movimento na história que mudou a mentalidade da época sem pensadores. Porém, muito se questiona se esses não foram subversores da ordem em seu tempo em seu tempo e se tinham direito de realizar tal mudança.
Inúmeras foram as revoluções e inúmeros foram os gritos de clamor à liberdade. Por trás de todas essas lutas, estiveram os loucos, os insanos – os visionários – pessoas para as quais o sentimento inato humano de justiça havia despertado e se tornado maior que a opinião pública. Através do tempo, ideólogos se tornaram fundamentais nas conquistas dos direitos humanos e civis, e ao mesmo tempo em que realizavam tais conquistas, eram acusados de desrespeitar os limites a eles impostos pela sociedade.
Seja a revolução da ideologia atual ou uma simples reação à uma idéia injusta, haverá sempre uma ruptura com a norma ( no caso, a moral ) para quem é contra o ato.É, de certo, que esse “transgressor”dessa moral irá contra seus defensores, porém, sempre a favor de seu benefício ou de sua sobrevivência. A revolta contra o sistema operante, na verdade, pode ser entendido como um ato de agonia, onde o oprimido se sente ofendido, e então, parte para o ataque – como exemplo, a própria reação do povo contra a ditadura, fato que comumente seria chamado de “agressivo”, mas que pelas circunstâncias do momento foi a reação adequada.
No mundo, não caberia um ser humano que não discordasse de nada, que aceitasse tudo que visse, sendo extremamente passivo.Nascemos com a curiosidade, com a ambição – dois fatores que, juntos, trazem à tona o questionamento e a vontade de saber a verdade e querer o melhor para si.Neste mundo, o que seria de uma pessoa que não pudesse usufruir de seus direitos, mas apenas aceitar os dos outros? É um extinto de sobrevivência esse de questionar, de se mostrar forte e preparado para enfrentar uma rejeição social em prol de um bem próprio.
Transgredir as fronteiras impostas é algo enraizado no ser humano e que sempre esteve na história de nossa espécie.Na verdade, se não houvessem pessoas dispostas a enfrentar as idéias antigas, nossos costumes, nossa cultura e nosso conhecimento não teriam evoluído. Afinal, nenhuma mudança seria feita caso nos conformássemos com a situação atual.

- Breno Costa Inojosa (nexuscoringa)

sábado, 16 de agosto de 2008

Sobre a existência de Deus.

Olha, confesso que faz muito tempo que não toco neste assunto. Talvez porque fiquei um tempo meio ausente da comunidade (QI) no Orkut, ou porque perdi o interesse de mostrar a outras pessoas o que acho que é deus. Mas, finalmente, aqui vai um post que, pela minha concepção, deverá ser o mais útil que já fiz. Portanto, mesmo que demorem para ler, que leiam.

Todos sabemos que as religiões tiraram o foco humano sobre a real descoberta das origens do universo, da matéria e energia. Visto que não usamos razões e argumentos religiosos, peço para que os leitores que não sejam membros do blog tentar deixar, temporariamente, suas concepções bíblicas de lado.

1) Sobre a necessidade do homem de não se achar sozinho.

É notável a condição do homem e o sentimento de esperança de um dia encontrar uma resposta para deus (e é por isso o motivo desse post). Entretanto, acho triste o conformismo de algumas pessoas ao achar que deus existe, e por isso, ficará tudo bem. Então eu pergunto o que seria Deus, antes de perguntar se ele existe.

2) Das diversas crenças.

Sobre os agnósticos, nada tenho a falar, pois sou um...

Sobre os ateus, eles acreditam ser valentes demais ou muito calculistas para achar que deus exista. Para eles, deus nada mais seria que a ilusão humana de confiar em uma imagem surreal.

Sobre os religiosos, acho que a humanidade sempre avançou, mas parou até o ano atual por causa do surgimento das igrejas e religiões. Para eles, o Deus que existe é um "ser", que coordena a vida e a julga.

3) Sobre a conciliação.

Bem... defendo que a concepção de deus é uma questão de perspectiva. Ou seja: você pode admitir que deus existe ou não, de acordo com a perspectiva (ponto de vista) lançada.

Ex: "Deus é um ser que controla a vida e todos os seres vivos" - Discordo
"Deus é uma parte do universo" - Concordo.

4) Sobre uma versão universal, como Deus seria.

Ao meu ver, deus é parte e é o próprio big bang. Portanto, ele não exerce "leis" sobre o universo, não julga o certo e errado, deus é energia pura e vibrante no espaço existente, não existe nada mais além dele e somos ele.

É a única concepção racional que vejo, uma vez que nada pode existir antes do começo ( como alguém surgiria antes de tudo para que algo explodisse? )

É a única coisa que existe: a natureza, nós, os átomos, elétrons, prótons, neutrinos, somos tudo parte de uma só coisa e envolvida por uma só camada... aí depende do nome, mas prefiro não chamar de Deus, mas de 11a dimensão.

5) Conclusão

Não prefiro usar o termo "DEUS", visto que, assim como McDonald's, tal nome já assumiu um valor próprio, embora acredite que tudo no universo faça parte de uma entidade. Abaixo vão links de uma série de vídeos sobre o que eu acredito.

http://www.youtube.com/watch?v=fgSl5Nj-IjY
http://www.youtube.com/watch?v=Pbx7AArxMRE
http://www.youtube.com/watch?v=z8ZUfAHDbj0
http://www.youtube.com/watch?v=lewxXHneCRE
http://www.youtube.com/watch?v=mdu6SoZmTio
http://www.youtube.com/watch?v=9dre3LOX81I

Podemos continuar a discussão nos comentários.
Obrigado.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Real Land

Não gosto de propagandas, exceto quando elas são úteis ao leitor. É para isso que decidi criar esse post.

Nos próximos dias, estarei inaugurando um "rpg" ('role play game' onde você interpreta um personagem à sua escolha) que terá como objetivo o descobrimento de cada jogador das ações humanas, sentimentos e sobre consciência, metafísica e diversos assuntos.

O jogo irá se passar totalmente na internet, com personagens sendo de uma "cidade virtual", a Real Land City. Existirão personagens de todos os cargos na cidade, e cada jogador podendo ter quantos personagens desejar. A história está por vir, quando o site do jogo for inaugurado, mas garanto que as abordagens serão as melhores possíveis.

Convide seus amigos, pois não há limite de jogadores.

Obrigado.

sábado, 9 de agosto de 2008

Da "difícil tarefa das mudanças" e da "necessidade de apoio"

Confesso que esse texto não é essencialmente para o Blog. Porém, devido à falta de tempo, decidi empregá-lo aqui.

O fato é que decidi procurar saber porquê que as pessoas ditas "mais fracas", ou menos "capacitadas" procuram algo no que se apoiar durante momentos difíceis e o que esse suporte representa para essas pessoas.

Meio ao mundo atual, muitos seres humanos já perderam a esperança por algo que sonhava. Sejam curas, projetos ou simplesmente dinheiro, as as pessoas sempre almejaram ser "livres", sem ter que se importar com nada disso. É aí que entra a imagem de alguém que parece ser tudo que aquela pessoa "fracassada" desejava ser. E ela passa a ser idolatrada, vira um ídolo. A resposta mais simples que encontrei foi esperança e conformismo. O que faz com que uma pessoa tire parte do tempo da sua vida investigando a vida do seu ídolo? É que há a "sub-idéia" de que o fã nunca poderá ser igual. Então, o ídolo é colocado sobre o altar.

A cena é ridícula, uma vez que milhões de pessoas defendem outros como Leonardo,Roberto Carlos, Daniela Cicarelli... é incrível ver o quanto as pessoas pensam nesses "famosos" e querem ser como eles, mas eles não estão nem aí pra os fãs...

Não defendo a crueldade do fato, mas condeno a ação do idolatrador, uma vez que considero uma ilusão o idolatrado.

Na verdade, as pessoas precisam de ídolos, ícones, não para se espelhar e seguir o exemplo, mas para se conformar com uma ilusão e de de que nunca será como ele. Talvez se o país pudesse sair de tanta idolatria e passasse a agir com mais identidade, não fôssemos assim.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

[BBC] Muito além do cidadão Kane

Gostaria que fossem apreciados os próximos vídeos, que eu considero serem de suma importância para toda a população brasileira - que se assistisse, não mais seria manipulada por uma rede de comunicação.

PARTE 1


PARTE 2


PARTE 3


PARTE 4


Muito bom, não? peço que assistam principalmente ao vídeo 3 e ao 4.

"Questões de Definição"

Primeiro um pouco de história...

1)O que é capitalismo?

Capitalismo é a forma vigente ( sistema ) que perdura numa sociedade. Tal sistema representa a cultura do povo. Em parte, o capitalismo também representa a liberdade do ser humano de compensar como bem entender, sobre o preço no produto, o "suor" gasto na elaboração dele.

Surgido praticamente com o avanço da burguesia, o capitalismo não precisa de leis escritas, é como um sistema autosuficiente e lógico. Com as ditas "leis" da livre concorrência, livre-acordo, o capitalismo se sustenta na parasitagem sobre os mais pobres.

Assim sendo, o capitalismo é uma mão única, vez que os que podem produzir mercadorias de alto nível tecnológico vendem por muito dinheiro, e em grande quantidade, enquanto os pobres são obrigados a comprar tal mercadorias e exportar, uma vez que não há tecnologia suficiente, apenas o que resta ( e o que os mais ricos não produzem ) : matéria-prima.

De um modo ou de outro, diz-se que o capitalismo é um sistema, e que sem ele o mundo seria bem melhor. Sou contra pelo simples fato de acreditar que o capitalismo não é um sistema. Não é algo tão pragmático assim... É como todos dizem... aquela velha expressão "os outros". Não. O capitalismo não surge porque o encontramos na terra, mas porque é algo dentro de nós. Ora, se eu trabalhei mais por algo, porque não posso ganhar mais que alguém que trabalhou menos?

É verdade. Por outro lado, não se deve misturar neoliberalismo com capitalismo.

2) O que é neoliberalismo?

O neoliberalismo é tudo que os não-informados sobre economia e cultura acreditam que seja o capitalismo. O neoliberalismo é a maneira de como o capitalismo é aplicado no mundo.

Por meio dele, temos a grande influência de marcas, invasão das linguas, sobrepujação das cultruas sobre nações e, conseqüentemente, a polarização do mundo nas mãos de quem aparece mais "idolatrado".

Exemplos como McDonald's, YouTube (veja também a seguir), Kippling, Hello Kitty, Nike, Puma, entre outras, são as marcas, que elaboram os logos , que substituem a leitura e tornam o reconhecimento da loja quase instantâneo.

Acontece que o neoliberalismo, uma doutrina ou corrente do capitalismo, acabou criando a maior geração de estupidez (de estúpidos) da face da terra. Juntamente com a idolatria à "astros" e "estrelas" do rock, pop, reggae, televisão, fazendo com que se crie uma real nação consumidora. E para piorar: nenhum consumidor das marcas se acha estúpido demais por estar se rendendo à idolatria. Claro, pois acham a coisa mais normal do mundo. Afinal, todos fazem e repetem com gosto.

Disse tudo isso para chegar a um ponto: o capitalismo, em si, é algo humano, de essência, porém o neoliberalismo, não. Este é algo sem escolha, uma conseqüencia. Afinal, desde que o homem surgiu, a obsseção pelo poder, domínio, riquezas, sempre foram mais fortes que a idolatria pela simplicidade.

Porém, não se deve esquecer que o ser humano também é comunista, anarquista, além de capitalista.

Anarquista aonde? - Wikipédia, YouTube; a nova geração da internet nos mostra que o Estado não precisa vigorar para que haja consciência e harmonia (não total) entre membros de uma sociedade, mesmo que em anonimato, a internet é um país sem governante. E funciona.

Comunista aonde? - Nos pequenos grupos, seja entre amigos ou numa sala, embora haja competição, que é normal do ser humano, os direitos, deveres e bens são compartilhados. Assim também acontece perante a lei, e também nos esportes.

No mais, é preciso ser muito tolo para acreditar que o homem é só capitalista, e cuidado para não confundir os termos.

- Totalmente por Breno Costa Inojosa

Do Imperialismo e do Socialismo e o "Novo Brasil"

Não, o título não tem nada a ver com políticas atuais, só irão retratar que.. Hoje nasceu Karl Marx e morreu Napoleão Bonaparte. Decidi colocar a homenagem no início do post pois acho que é uma data, sim, comemorativa.

A maioria dos jovens brasileiros acham que o país só terá sucesso sob um regime autoritário. Me pergunto se o que fizeram pelo país foi suficiente para ainda termos gente que pensa assim. É cruel a realidade, pois não é só deles a culpa do pensamento. Toda a circunstância de imoralidade do Estado só colaboram para que um poder repressor seja mais eficaz. Na verdade, o pensamento a fundo seria: qualquer coisa é melhor que essa. Mas foi até aqui que conseguimos chegar...

Leitores desse blog, podemos assim dizer, somos alguém que tem um mínimo de preocupação político/científico/cultural, e sabemos que é uma pena o que acontece.

Depois de anos de luta e violência em prol de nossa liberdade de expressão, parece que a sociedade empacou com um problema grave: "agora que tenho liberdade, o que vou fazer?" e olhe que já fazem 12 anos de total "livridez", para não repetir a palavra. O modo de vida humano, desde a música brega até a total repelência à política parecem fazer parte da nova ordem de liberdade do povo. Quanto mais liberto, menos preocupado com o Estado e mais fútil a população. Parece que é isso. Chega a ser falta de reconhecimento de quem lutou e vê que hoje se "aproveita de má forma" o que nossos passados lutaram por.

Chegamos ao ponto em que os jovens com um pouco mais de vontade dizem um absurdo desses; "seria melhor se alguém mandasse no país com todo o poder concentrado". Lutamos para que voltemos ao mesmo ponto? Será que derrubamos uma ditadura, fio a fio, para que surja uma nova força opressora, só que dessa vez sob nossa vontade? Parece que não houve luta, que fomos, brincamos e voltamos.

Eu concordo que aproveitamos mal a liberdade que nos foi presenteada, pois nenhum de nós hoje vivos lutou em 60. Ao invés de usá-la para querer o bem do país, como a intervenção do povo pelos direitos políticos, nas medidas econômicas e admnistrativas, hoje a única coisa que se vê sendo feita por alguém é por Lobbys, no pé, quem tem dinheiro. Aí lembra-se do MST... mas não se esqueçam que quem está por trás dele também tem $.

Na busca pela melhor forma de aproveitar a vida que temos, às vezes só pensamos em nos divertir, apreciar o tempo gratuito e reclamar sem saber porquê. Não sabemos porque não vamos atrás, pois podemos, sendo livres humanos que ainda.

----------------- fora de post...

Para não passar em branco, a candidatura do presidente Lula deveria existir, caso o povo aprovasse, e não o senado. Afinal, somos governado por um Senado, Parlamento ou pelo Povo? Somos Democracia ou Oligarquia como antes? Algo mudou? Então por que quem ainda decide são os Lobbys que compram os deputados que nós escolhemos?

Viva 1968!

Aqui estou de madrugada, pronto para dormir, quando vejo a bela capa da Istoé, que poucas vezes paro para comprar.

Como estudante, devo dizer que sempre andei muito insatisfeito com o poder da classe estudantil no país, sobre sua falta de consciência políticoadministrativa e da falta de interesse dos mais jovens. O episódio da UnB, a retirada do diretor e a comparação feita pela revista aos movimentos de 1968 sobre a ditadura militar me fizeram mudar apenas um pouco a minha esperança - ou falta de fé - com meus contemporâneos.

Mas venho aqui por outros motivos. A provável candidatura do presidente Lula tomaria proporções dramáticas para o povo brasileiro. De um lado, o novo Getúlio Vargas, o governante dos povo! e de outro, a permanência do poder nas mãos de um único partido por mais de uma década, o que poderemos chamar de Era Lula.

Convém-se que nunca é bom que o poder se centralize, para não haver unipolarização de interesses, nem má administração de quem já está há tempo, mas tambem deve-se convir que o provável terceiro mandato só ocorrerá caso a oposição não seja suficientemente boa para combater o atual presidente.

O Brasil já passou por diversas fases de manipulação de poder por apenas um partido. Na verdade, toda a história do Brasil foi de direita. Apenas agora temos um governo de esquerda, e coincidentemente, o Brasil alcançou índices surpreendentes. Já era esperado um crescimento, mas talvez não tão grande quanto o do presidente petista fez.

Em alguns instantes, deverei postar algo que convenha mais aos que não gostam de política. ^^

Neste dia ocorreu o acidente de Chernobil (1986) e morreu Delacroix.

O Sal e a Terra

"Vós, diz Cristo Senhor nosso, falando com os Pregadores, sois o sal da terra, porque quer que façam na terra, o que faz o sal. O efeito do sal é impedir a corrupção, mas quando a terra se vê tão corrupta como está a nossa, havendo tantos nela,(sic) que têm o ofício de sal, qual será, ou qual pode ser a causa desta(sic) corrupção? Ou é porque o sal não salga, ou porque a terra não se deixa salgar. Ou e porque o sal não salga, e os Pregadores não pregam a verdadeira doutrina; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes, sendo verdadeira a doutrina que lhes dão, a não querem receber; ou é porque p sal não salga, e os Pregadores dizem uma coisa, e fazem outra, ou porque a terra não se deixa salgar, e os ouvintes querem antes imitar o que eles fazem, que fazer o que dizem: ou é porque o sal não salga, e os Pregadores se pregam a si, e não a(sic) Cristo; ou porque a terra se não deixa salgar, e os ouvintes em vez de servir a Cristo, servem a seus apetites. Não é isto tudo verdade?"

Pois bem, volto à ativa com força e vontade, determinação e irreverênica ( será?) como nos primeiros posts.

Jaz há muito a lei que dizia que o homem fora criado para viver em sociedade por necessidade de se comunicar e de se sentir bem com seus semelhantes. O homem vive, sim, em comunidades, por uma razão única: para que possa ter alguém para explorar e dar o melhor para os que sao mais próximos.

Assim, Antônio Vieira, escritor do texto "aspeado", muito tempo antes de meu nascimento descreveu a situação política humana, onde os políticos pregam doutrinas e não as cumprem, ou simplesmente eles pregam a doutrina e o povo as deixam passar.

Sinceramente, é uma lástima que este texto tenha sido publicado há aproximadamente 350 anos. Por fim, quero dizer que o sal não salga - não por causa dos políticos - mas por quem admnistra o sal : nós.

Uma breve homenagem, que deverei fazer em todos os meus posts:

Hoje foi o dia que em 1979 foi hasteada pela primeira vez a bandeira de Açores. E também foi hoje que morreu Jaqcues Bossuet, como queira escrever, uma felicidade sua partida do mundo.

Por Breno Costa

Da Liberdade e dos Deveres: Regras e Leis

"Liberdade, essa palavra que o sonho humano alimenta, que não há ninguém que explique, e ninguém que não entenda." . Nos tempos em que não há limitação para os atos, a liberdade parece ser suprimida pelas regras. Paralelo a isso, o homem se questiona se ética, moral e livre-arbítrio podem ser conjugados como um só verbo.

No passado, a humanidade vivia sem regras. Num período de pouca aglomeração social, os homens morriam, sociedades pequenas eram destruídas e pessoas de mesma tribo lutavam entre si. Porém, as mais organizadas socialmente conseguiram se manter, usufruindo de trabalhos comunitários, onde todos ajudavam o sistema, mesmo restringindo algo que antes lhes pertencia de modo total: a liberdade.

Na concepção atual, para muitos, a ética serve como instrumento para delinear uma sociedade igual, onde todos perdem seu “livre direito”. Por mais que se tente condenar o uso de tais “leis”, deve-se lembrar que foi justamente a ausência delas, em certos períodos, que ocasionou escravizações, ditaduras e sofrimentos. Portanto, a população deve trabalhar, dosando os limites, para evitar tais problemas, pois estes, sim, causam exclusão dos direitos.

É inegável a percepção de que as sociedades que souberam melhor adaptar os direitos e deveres de um povo garantiram a maior segurança para si. Hoje, trazemos dificuldades ao cumprimento das regras, tão essenciais para o bom convívio social. Faz-se dificuldade num simples cumprir deveres, alegando ser total falta de liberdade, quando, na verdade, temos deveres, que servem justamente para garantir o direito dos outros.

O Romanceiro da Inconfidência pode não saber definir a liberdade em essência, mas a humanidade sabe, no fundo, a conseqüência dos atos impensados de sua gente. A liberdade é um presente ao racionalismo humano. Mas saber controlá-la é uma dádiva, de fundamental importância para a sobrevivência da espécie.

- Breno Costa.

O Romanceiro da Inconfidência é uma obra da grandiosa Cecília Meireles.

Para não dizerem que só falo de política

Sobre a importância da ciência e da educação e dos níveis sociais de um país.
Principalmente nos países subdesenvolvidos, e na maioria, os americanofílicos, há o normal hábito de se achar importante ou comum ignorância aos fatos que compreendem o cotidiano. Parte da maioria da população o desinteresse pelo que o ocorre com os mesmos, e incrivelmente, até como isso ocorre. Simila, ou melhor, é perceptível que, cada vez mais, repetindo cenas do passado, e sem medo disso, forma-se uma composição dividida em cinco camadas bastante explícitas: os sabedores, os que tentam saber, os que pensam que sabem, os que não tentam saber e os que não sabem e não se interessam em saber.

Prova disso pode ser obtida no cotidiano, e os últimos casos não necessitam estar entre a parte mais pobre da população. A classe média, como sempre foi, é outro exemplo; querem ser elite econômica, mas acabam agindo como pobres, por não achar que lá se chega como elite cultural.

Desde um simples bate-papo até uma maior reflexão sobre o assunto, maioria destas pessoas se afastam do emissor. Seria normal, se fosse apenas com a classe pobre, mas agora é com a classe média e alta, acreditem.

Mas devem me perguntar, o que isso tem a ver com ciência, cultura e educação?

Claro que não vou responder o clichê (Tudo!), mas é por aí.
Numa sociedade em desenvolvimento, como a China, ou Índia, o número de cientistas é vezes e vezes maior que o Brasil. O que acham que os faz tornar assim? Se uma criança chega e fala aos amigos, no 3o ano do ensino médio que quer fazer química industrial ou apenas física, ou até simplesmente exatas, já parte do conceito da maioria dos amigos o "nerd" ou even "inteligente". Em tais países,( China, Índia, Coréia ) é um orgulho fazer parte do progresso de seu país. Aqui, é querer passar fome e vergonha. Como pode?

Como pode? A resposta está na história e na cultura do país. Desde o começo da colonização brasileira, não houve fortes investimentos nas descobertas científicas, o mundo se centralizou na europa desde cedo. Então como os EUA e os outros países que evoluíram no ramo conseguiram tal progresso? A culpa está no governo. Quem faz, apóia e cria projetos de cunho científico é o Estado.

E o que a educação tem a ver com isso?

Agora, sim, tudo. Como um país quer desenvolver, se a maioria não liga para os estudos, logo não pode reclamar do Estado para incentivo à tecnologia, logo o país não se desenvolve.

Como os que querem um país melhor não o fazem por onde? Indiretamente, pelo menos para os que já pensaram a respeito, é como se não só os que já estão no poder querem manter a situação, até quem não está nele, quem não está nem em posse de seus direitos, não quer mudança.

É como tudo estivesse tão bom.


( Breno Costa, para o Blog do MNB. Sem fontes, sem pesquisas )

A Rima de Lula, Chávez, Ortega e Moralez

Como já citada anteriormente, a situação venezuelana é complicada. Abaixo, seguem textos do caderno Atualidades, da editora Abril, e posteriormente, comentários meus.

Rivalidades entre hermanos - Radicalização de governos como o da Venezuela e o da Bolívia resulta em tensões e marca o cenário atual da América Latina.

"O palco era um estádio de futebol , na Argentina; a estrela principal, Hugo Chávez. (...) Enquanto Bush cumpria sua agenda, Chávez visitava outras nações: o gesto era carregado de simbolismo: indicava a atenção do presidente venezuelano de fortalecer sua influência na região, em contraposição aos EUA."

"Nos últimos anos, vários candidatos de esquerda venceram eleições presindenciais na América Latina. De todos eles, Chávez é o que mais encarna uma polarização com o governo norte-americano. Ao assumir esse papel, o presidente venezuelano, que se propagandeia um indefinido 'socialista do século XXi', conseguiu atrair os presidentes Evo Morales (Bolívia), Rafael Correa (Equador) e Daniel Ortega (Nicarágua), eleitos recentemente com seu apoio. Alimenta também uma estreita ligação com Fidel Castro(...).

Em contraposição... "Bush tem como principais aliados na região os presidentes Álvaro Uribe (Colômbia) e Felipe Calderón(México), ambos de partidos conservadores. Mas procura estreitar laços também com os governantes de esquerda que mostram um perfil político mais moderado e aplicam um receituário econômico mais conservador, com benefícios para o setor financeiro, as privatizações, a flexibilização de direitos trabalhistas, etc. É o caso de Luis Inácio Lula da Silva, Tabaré Vazquez (Uruguai) e Michelle Bachelet (Chile).

Agora, principalmente tendo como base o último parágrafo, deixo aqui meus comentários ( alguns até retomando os do post anterior ).

Acontece uma disputa na américa do sul. De um lado, Hugo, do outro, Bush. A maior indagação feita pela maioria das pessoas que pelo menos viram o assunto é se isso poderá afetar o Brasil ( como foi retratado no post anterior). Na verdade, muito difícil.

Difícil principalmente por: Embora seja maioria dos governos aliados, o lado de Chávez é mais fraco, com países ainda mais pobres que o Chile. Outro fator que torna difícil o acesso é que o México, grande exportador da América Latina, está aliado aos EUA, assim como a maior potência da América do Sul, o Brasil.

As barreiras que deverão ser enfrentadas por Chávez são praticamente impossíveis para um país do tamanho da Venezuela. Para o Brasil entrar ao lado do governo venezuelano, seria necessário um apoio financeiro maior e mais rentável e durável que o dado pelos americanos. Em outras palavras, o Brasil teria que ser "comprado" para entrar no outro lado da briga, coisa que a Venezuela não pode fazer, principalmente porque o Brasil é grande parceiro dos EUA.

Agora indo para a parte pessoal..

Não, não gosto dos EUA no Brasil e nem gosto de imperialismo. Mas ôpa, Hugo Chávez também é antiimperialista, certo? Então eu não deveria estar ao lado dele? A resposta é não e bem grande.

O problema de Hugo assumir o poder é que o país apenas deixaria de ser dominado pelos EUA mas passaria a ser dominado por um homem só, o que é pior ainda.

Sou contra o imperialismo, mas ainda mais contra a repreensão de pensamento e, conseqüentemente, de ditaduras.

Será que não seria mais fácil tentar outras formas para cessar o imperialismo norte-americano na américa do sul, como fez Evo Moralez com o Brasil?